domingo, 29 de junho de 2008

As 20 maiores loucuras do Monty Python


A partir da esquerda: Eric Idle, Graham Chapman, Michael Palin, John
Cleese, Terry Jones e Terry Gilliam

Por RICARDO ALEXANDRE*

Está cegando às lojas o DVD Monty Python’s Flying Circus – A Quarta Série Completa (Sony Pictures) com a última temporada do programa que consagrou o Monty Python como a mais anárquica trupe humorística da História.
Com a série completa, mais os filmes para cinema (também lançados aqui), os brasileiros têm acesso a praticamente toda a obra “oficial” do sexteto inglês, que foi muito além do formato do esquete humorístico, se espalhando por música, teatro, multimídia e na própria carreira dos “Beatles do humor”.

The Funniest Joke in the World
Ponto alto do primeiro episódio, Whiter Canada? (5/10/1969), o esquete conta, em farsesco tom documental, a história de uma certa piada tão engraçada que matava de rir quem a lesse.



“Liberty Bell (March)”
O tema de abertura do Flying Circus, composto em 1893 por John Phillip Sousa, era usado na troca da guarda do Palácio de Buckingham. Após o sucesso do show, a realeza, constrangida com o caráter humorístico que a música adquiriu, abriu mão de sua utilização.
http://www.youtube.com/watch?v=49c-_YOkmMU&feature=related

Dead Parrot
O “maior esquete humorístico de todos os tempos”, segundo a revista Nerve, está no oitavo episódio, Full Frontal Nudity (7/12/1969). Em uma loja de animais, John Cleese tenta devolver, em vão, um papagaio que lhe foi vendido morto.
http://www.youtube.com/watch?v=XcA0WIDOkbs
http://www.youtube.com/watch?v=JDK1ISQkp80&NR=1

Censura
O grupo vivia tendo problemas com a Censura. Afinal, o programa era transmitido pela estatal BBC. Para driblar maiores problemas, criaram um personagem (Graham Chapman, justo o primeiro a dizer “shit” na TV) que, vestido de soldado, simplesmente interrompia as piadas que estivessem indo muito além da conta.

Discos
Entre 1970 e 1983, o grupo lançou dez álbuns, misturando piadas com canções. Os Pythons inovaram muito nos formatos: havia desde gravatas com LPs encartados “de graça” até uma bizarra “edição executiva” (cujo único bônus era uma faixa com uma locução que dava parabéns ao comprador pela escolha) da trilha do filme Em Busca do Cálice Sagrado.

Spanish inquisition
Três clérigos sádicos torturam personagens com ferramentas pouco usuais como escorredores de louça e travesseiros de plumas. Eles surgem ao longo do episódio 15, Spanish Inquisition (22/09/1970), da segunda temporada.
http://www.youtube.com/watch?v=0-oQpSvo3Wk

“Ministry of Silly Walks”
Uma cruel sátira aos subsídios do governo inglês. Nesse esquete, do episódio Face the Press (15/9/1970), Michael Palin pede ao “Ministro do andar tolo” uma bolsa para que seu andar se torne ainda mais tolo.
http://www.youtube.com/watch?v=IqhlQfXUk7w&feature=related

Cartuns
O único americano do grupo era o cartunista Terry Gilliam, responsável pelos surreais desenhos animados usados na série, por toda a identidade visual do grupo e por pequenos papéis.
http://www.youtube.com/watch?v=az5HglZBoso

Argument Clinic
Michael Palin tenta aprender a discutir em uma clínica especializada – e um tanto desonesta. Do episódio 29, “The Money Program”, de 2/12/1972.
http://www.youtube.com/watch?v=ppK6sxz6epk

Spam
O jargão “spam”, usado hoje na internet, surgiu aqui. No esquete, a palavra spam (até então um tipo de carne embutida barata) é repetida virulentamente por uma dona de um bar, por seus clientes e por um grupo de vikings (!). O episódio é da segunda temporada do show (15/12/1970).
http://www.youtube.com/watch?v=BIWk5bGno58

A separação
John Cleese deixou o grupo no fim de 1972. Ele achava que estava se repetindo. De fato, a quarta série teve apenas seis episódios, a maior parte aproveitando roteiros antigos ainda inéditos.

O Cálice Sagrado
Por nove anos a partir de 1974, o grupo se dedicou aos filmes, paralelamente às carreiras individuais. O primeiro longa foi Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, uma sátira à lenda do Rei Arthur repleta de nonsense. Bancado em parte por bandas como Pink Floyd e Led Zeppelin, o filme estreou em abril de 1975, com grande sucesso.
http://www.youtube.com/watch?v=RDM75-oXGmQ

The Rutles
Em 1979, Eric Idle produziu All You Need is Cash, uma “documentira” para a BBC sobre o grupo The Rutles, uma paródia da história dos Beatles, com participação do velho colaborador do Monty Python Neil Innes, além de Mick Jagger, Paul Simon e até de George Harrison.
http://www.youtube.com/watch?v=0513ONl1Vv4

“Always look on the bright side of life”
Composta por Eric Idle, “Olhe sempre para o Lado Positivo da Vida” era o que o personagem-título ouvia no filme A Vida de Brian (1979) enquanto era crucificado. A música chegou ao número 3 da parada britânica e, acredite ou não, foi entoada pelo grupo em pleno velório de Graham Chapman, em 1989.
http://www.youtube.com/watch?v=jHPOzQzk9Qo

Hollywood Bowl
O filme O Sentido da Vida, de 1983,foi a última reunião do time original. Aproveitando sua passagem por Hollywood, os Pythons se apresentaram no show lançado em DVD como Ao Vivo no Hollywood Bowl. Destaque para o quadro das “Olimpíadas Tolas”, com provas como “Maratona para incontinentes” e os “100 metros para pessoas sem senso de direção”.

http://www.youtube.com/watch?v=16iNk1hLJt4

A Morte de Graham Chapman
A morte de Graham Chapman, em outubro de 1989, foi motivo de mais uma série de piadas. Logo em seu velório, brincaram que, como Chapman havia sido o primeiro a dizer “shit” na televisão, John Cleese seria o primeiro a dizer “fuck” em um velório.
http://www.youtube.com/watch?v=fsHk9WC7fnQ

CD Rom
Em 1994, no auge da era do CD-Rom, o grupo lançou Complete Waste of Time, uma reunião de joguinhos, animações e recados para secretária eletrônica, que ganhou o CODiE Awards como melhor programa de estratégia.

Concert for George
A mais recente das (raras) reuniões ocorreu em 2002 para um tributo ao amigo George Harrison. Cantaram a pornográfica “Sit on My Face” e mostraram seus traseiros para a elegante platéia do Royal Albert Hall.
http://www.youtube.com/watch?v=Xck9FaO_zA4

Spamalot
O musical Spamalot, uma adaptação de Eric Idle para O Cálice Sagrado, estreou em 2005 na Broadway com enorme sucesso, ganhando até o Tony Award. A peça fez de Idle o mais bem-sucedido de todos os ex-pythons. Está em cartaz em Londres.
http://www.youtube.com/watch?v=1h8XlW5S0tI&feature=related

Extras dos DVDs
Novos exemplos do humor do grupo aparecem nas edições em DVD de seus filmes: O Cálice Sagrado vem com uma opção de legendas “para quem não gosta do filme” (um texto adaptado de Henrique IV, de Shakespeare); O Sentido da Vida tem uma “trilha de comentários para solitários”, com frases para fazer companhia ao espectador.

* Ricardo Alexandre é editor-chefe da revista “Monet”. Visite também seu site pessoal, www.causapropria.com.br.

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Hora de trocar a sustentabilidade pela “economia verde”

O britânico John Gummer não gosta do termo “sustentabilidade”. Para ele, a palavra se banalizou e perdeu parte de seu significado. “Muita gente não sabe o que é sustentabilidade”, resume. Como presidente do conselho de administração do “Quality of Life Policy Group”, organização que monitora as políticas de desenvolvimento do Reino Unido, Gummer acredita que está na hora de os empresários adotarem um conceito mais específico: o de “economia verde”. Essa expressão, diz ele, ajudaria a difundir o verdadeiro significado do desenvolvimento sustentável, que é o de viabilizar o crescimento econômico em harmonia com meio ambiente. Hoje, afirma Gummer, muitos ambientalistas radicais levantam a bandeira da sustentabilidade apenas para atrapalhar a vida de grandes empresas. Para ele, é preciso manter um equilíbrio. “Não acredito que possa existir um mundo sem crescimento”, afirma ele.

Nesta semana, Gummer esteve em Joinville, em Santa Catarina, e realizou uma palestra na ExpoGestão 2008, que reuniu grandes especialistas em gestão no Centreventos Cau Hansen. Durante o evento, encerrado nesta sexta-feira (20), o britânico revelou ser “fã do Brasil”. Disse que o país não deve se posicionar como subdesenvolvido ou “em desenvolvimento” e ressaltou que, hoje, as companhias brasileiras competem em pé de igualdade com todas as outras do mundo. “É preciso parar de se subestimar. A única questão que diferencia o Brasil de alguns países europeus é que ainda não existe um reconhecimento mundial de suas práticas sustentáveis”, explica. Gummer diz que a iniciativa privada deveria assumir a responsabilidade de disseminar a economia verde no Brasil. “Se tiver ajuda pública, ótimo. Mas, como político e empresário, posso dizer que os governos mais atrapalham do que ajudam”, afirma. (Ricardo Lacerda)

Links relacionados:
Site oficial de John Gummer
Quality of Life Policy Group
ExpoGestão 2008