segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Caros colegas Colorados e Co-irmãos.



Devido aos resultados dos jogos do campeonato brasileiro no domingo (29/11/2009) e o falatório que ocorreu devido a dependermos do resultado entre o FLAMENGO e a Turma da Azenha, tenho a dizer o seguinte:

Essa estória (com E mesmo) de que agora irão devolver o que fizemos na final do campeonato do ano passado é balela. Explico. Como um time que ganhou somente uma partida fora de casa pode querer fazer frente ao Flamengo? Nem com a melhor equipe que pudessem montar sequer empatariam um jogo, muito menos ganhar.

No ano passado fomos o time que optou por se dedicar a um título inédito para qualquer time brasileiro e o conquistamos (Sulamericana). E esse não é o caso agora. Tanto é assim que como sabiam da atual situação, já haviam programado férias e dispensas para alguns jogadores. E mais, nem mesmo conseguem se decidir por um técnico, a torcida já sabe o que quer os dirigentes ignoram ... precisa ser alguém de nome, mas pelo visto ninguém de nome quer assumir esse time.

Ficar pedindo ou pior torcendo pela turma da Azenha e esperar algum resultado positivo é otimismo demais, mais fácil o Ônibus do Flamengo ser tragado por uma cratera ou ser soterrado em algum túnel do Rio de Janeiro e perder a partida por W.O. do perderem para os Ex-campeões da segundona.

Sendo assim, já estou conformado com a possibilidade de sermos VICE e tranquilo por disputar a Libertadores ano que vem.

Abraço a todos.
Saudações,

Marcelo Gostinski
P.S.: Turma da Azenha não venham me encher o saco porque vocês não tem cacife para isso.


sábado, 31 de outubro de 2009

Professores em 2209 - Daqui duzentos anos ...


O ano é 2.209 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando alguns dirigentes colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos inimigos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores. Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.

– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?
– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...

(Autoria Desconhecida - Provavelmente um pobre e antigo ex-professor anônimo)

sábado, 24 de outubro de 2009

A Evolução do Ensino da Aritmética


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 Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..
Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou  olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se
convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos  enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem  entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do  ensino de matemática desde 1950, que
foi assim:


1. Ensino de  matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$  100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?


2. Ensino de matemática em 1970:
Um  lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o  lucro?


3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Qual é o lucro?


4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o  lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00  ( )R$80,00 ( )R$100,00


5. Ensino de matemática em  2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo  de produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.

Está  certo?
( )SIM ( )  NÃO


6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00  ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00


7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)
( )R$ 20,00  ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

 < E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, e a professora é processada, pois provocou traumas na criança! >

terça-feira, 20 de outubro de 2009

POBRES ALUNOS POBRES




por Sandra Cavalcanti*

    Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio. Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados. Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários. Elas compunham um quadro muito equilibrado. Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena. As brancas também eram diferentes. Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas. Enfim, um pequeno Brasil em cada sala.

    Todas estavam ali por mérito! O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências. Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos. Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele! Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário.

    Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante. Eram os 50 anos da formatura delas! Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não. Lá estavam elas, muito felizes. Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas. Judias com aquele ruivo típico. E as nortistas, com seu jeito de índias. Na minha opinião, as mais bem conservadas.

    Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais. Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa. Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra. Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo. Uma das minhas alunas hoje é titular na Uerj. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras. As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas
são negras. Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu. O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa. A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza! Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é  racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível...

    Perguntei: qual é o problema, então? É simples, mas é difícil. A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos por todos brasileiros, ricos e pobres. Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, malcuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos. Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado.

    Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo. Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa.
Não é verdade! Todos os pobres são prejudicados: os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres! Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos. Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais. Acabar com  essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado. Não dá!

    Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é um barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo. Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições
de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público. Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico. O exemplo do esporte está aí: já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto? É claro que não. É na largada que se consagra a igualdade.

    Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério! Com  elas, foi assim.

*Sandra Cavalcanti
  Professora e jornalista. Foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Carlos Lacerda, fundou e presidiu o BNH no governo Castelo Branco.


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domingo, 11 de outubro de 2009

Empresas espanholas veem Rio 2016 como grande oportunidade

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10.10.09 - 10:38

A escolha do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016 desagradou a muitos espanhóis que torciam por Madri. Mas não a todos.

Pelo menos 13 empresas espanholas já estão de olho na parte mais rentável da competição: preparar a infraestrutura exigida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Estradas, estrutura de transportes e telecomunicações, sistemas de segurança, reformas e construções das instalações olímpicas que deverão estar prontas em menos de sete anos.

"Sem dúvida, para as grandes empresas espanholas, a eleição do Rio foi melhor do que teria sido Madri", disse à BBC Brasil o Diretor do Serviço de Estudos da Bolsa de Valores de Madri, Domingo García.

"O Rio oferece mais oportunidades porque há muito mais para construir, e os empresários que já viam o Brasil como grande foco de negócios antes, agora com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos têm uma enorme via de investimentos", acrescentou.

'Vitória ou empate'

Analistas europeus acreditam que as empresas espanholas têm boas chances de sair na frente da concorrência internacional para conseguir contratos porque já estão estabelecidas no país.

A Espanha é o segundo maior investidor mundial no Brasil, atrás dos Estados Unidos, desde os anos 90. Em 1998, 2000 e 2007 chegou a ser o primeiro investidor, concentrando capital nos setores de energia, telecomunicações e financeiro.

"As empresas espanholas viram no Brasil um país em crescimento, com um potencial ilimitado muito antes dos Jogos Olímpicos. Esta relação vem amadurecendo há bastante tempo e deve dar um salto quantitativo agora", afirmou à BBC Brasil o Diretor de Análises para a América Latina da consultora Inverseguros, Alberto Roldán.

"Eu até apostaria que muitos empresários espanhóis comemoraram a eleição do Rio com champanhe. Porque para eles esta decisão Madri x Rio (eleição do COI) significava ou vitória ou empate."

Centenas de milhões de euros

Eu até apostaria que muitos empresários espanhóis comemoraram a eleição do Rio com champanhe. Porque para eles esta decisão Madri x Rio (eleição do COI) significava ou vitória ou empate.

Alberto Roldán, diretor de Análises para a América Latina da consultora Inverseguros

Apenas no capítulo de infraestrutura, todas as cifras de contratos (ainda em fase de licitação) superam as centenas de milhões euros.

Para a companhia espanhola de engenharia Amper, responsável pelos projetos de ampliação do metrô carioca, a escolha da sede olímpica foi "uma fantástica e esperada notícia", respondeu à BBC Brasil a assessoria de comunicação.

Os números da empresa no Brasil justificam o entusiasmo. Em 2008, o mercado brasileiro proporcionou 31,7% do lucro total da companhia.

Comparado com o metrô de Madri, o do Rio precisa de quase tudo. O da capital espanhola, que tem 6,5 milhões de habitantes, tem 12 linhas e 293 estações. A rede carioca possui duas linhas e 33 estações para sete milhões de habitantes.

Bancos e telecomunicações

Não foi à toa que a escolha do Rio como sede olímpica teve impacto positivo na Bolsa de Valores de Madri. Os valores das companhias com investimentos no Brasil dispararam logo após a eleição do COI.

Para ao menos sete grandes companhias espanholas, o mercado brasileiro já é a segunda fonte de lucro, superada apenas pelas matrizes.

Os maiores grupos, como o Banco Santander e a Telefônica, tiveram, respectivamente, 18% e 15% do lucro de 2008 provenientes das sucursais brasileiras.

Para a espanhola OHL, que desde 2007 é a maior concessionária estrangeira de rodovias no Brasil (administrando 2.078 km de estradas) os jogos de 2016 deixam o país "na linha de prioridades absolutas", como descreveu à BBC Brasil o Diretor Geral de Desenvolvimento de OHL Concessões, Sergio Merino.

"Não é uma questão de correr para tentar abarcar tudo, mas de segmentar e aproveitar as oportunidades de negócio. Nos últimos dois anos, 93% dos nossos investimentos foram para a América Latina, a maior parte para o mercado brasileiro."

"O momento agora é outro e ainda mais importante. A Copa do Mundo e as Olimpíadas estão próximas e, se nos deixarem, queremos estar nesta corrida olímpica."

Segurança

Além do setor de infraestrutura os empresários também estão de olho na polêmica questão da segurança.

A Prosegur que lucrou 350 milhões de euros no Brasil em 2008 (17% do resultado global), duplicou os investimentos em 2009, espera multiplicar a atuação no mercado nacional durante a Olimpíada.

"Estes Jogos Olímpicos podem ajudar a reforçar nossa posição no Brasil. Gostaríamos de fazer parte do sistema de segurança dos Jogos, mas também temos a intenção de chegar para ficar", disse à BBC Brasil o Diretor de Operações, Carlos Valenciano.

Como espanhol, a decepção é inevitável porque Madri merecia ganhar. Mas para nós esta vitória sul-americana significa muito. É um sinal de um novo tempo, uma nova ordem e é bom para nossas empresas.

José Blanco, ministro do Fomento da Espanha

Já a companhia aérea Iberia, primeira do ranking mundial em número de voos e passageiros entre a América Latina e a Europa, espera quadruplicar em 2016 a cifra de clientes que viajaram ao Rio durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 (500 mil passageiros).

A expectativa dos empresários espanhóis com a Olimpíada brasileira é tanta que até o governo reconheceu que foi bom negócio, apesar da derrota de Madri.

"Como espanhol, a decepção é inevitável porque Madri merecia ganhar. Mas para nós esta vitória sul-americana significa muito. É um sinal de um novo tempo, uma nova ordem e é bom para nossas empresas", disse o ministro do Fomento, José Blanco depois da eleição do COI.

"Desejamos sorte ao Rio e lhe parabenizamos. Espero estar lá para ver estes jogos. Mas uma coisa: antes vamos jogar a final da Copa e ganhar na casa deles. Vai ser outro maracanazo."


Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

REFLEXÃO DO DIA: Ensino no Brasil Século XXI


Olhe esta charge e leia o texto final. Muito interessante. Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável. "Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Marxistas, da linha Groucho – Coluna Carlos Brickmann

Coluna de domingo, 20 de setembro de 2009

Candidatos brasileiros não têm ideologia?
Mentira:
têm ideologia, sim.
Veja só, nas próximas eleições, quantos candidatos se definem ideologicamente:

Comunismo
– o Partidão, antigo PCB, hoje PPS, lança o ex-governador paulista Luiz Antônio Fleury, quercista convertido ao marxismo, a deputado federal.

Socialismo
– Gabriel Chalita, ligado ao ex-governador e sempre candidato Geraldo Alckmin, sai pelo PSB para o Senado ou o Governo paulista, o que oferecerem antes.
Chalita juntou o Marx socialista ao Cristo católico da corrente Canção Nova.
Antigo tucano, virou amigo de infância de Lurian, filha de Lula, e deve apoiar Dilma contra Serra.
E Alckmin, secretário de Serra, de que lado fica?

Ecologia
– o PV, de Marina Silva e Gabeira, quer filiar o escritor Paulo Coelho.
Coelho sabe tudo de verde, especialmente com a foto de Benjamin Franklin.

Trabalhismo
– o PTB, que segue a doutrina trabalhista de Getúlio Vargas e João Goulart, tem novo candidato a deputado em Brasília:
o carnavalesco Joãozinho Trinta.
O comandante supremo do trabalhismo é hoje
Roberto Jefferson.

Qualquer-um-dismo
– O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, contratou Duda Mendonça, virou garoto-propaganda no intervalo do Jornal Nacional, conversou com Michel Temer e achou que seria candidato ao Governo paulista pelo PMDB.
Aí descobriu que quem manda no PMDB é Quércia e que lá não havia lugar para ele.
É um candidato à procura de uma legenda, seja com Lula,
seja com Serra.

É uma das eleições mais polarizadas do mundo,
em termos ideológicos.

Repicando

Conta-se que, no início da Guerra Fria, por volta de 1948, um jornal francês resolveu narrar a virada do Brasil para a esquerda.
O maior Estado, São Paulo, era dirigido pelo Partido Social Progressista, PSP;
o país, pelo Partido Social Democrático, PSD, com apoio do Partido Trabalhista Brasileiro, PTB.
O PSD era o maior partido do país.
O repórter chegou e não entendeu nada.
Entrevistou o governador paulista Adhemar de Barros, fortemente conservador, cabeça do PSP.
Entendeu menos ainda.
Fez a pergunta direta:
"E a questão social?”

Resposta de Adhemar, referindo-se à primeira dama:
"Isto é com a Leonor”.

A nova esquerda

Chalita, o vereador mais votado de São Paulo, deve entrar no PSB com uma grande festa, no dia 29.
Gostaria de levar Alckmin, que sairia para governador, ele para senador.
Seria um golpe na candidatura de Serra à Presidência, por reduzir sua base de apoio em São Paulo e limitar sua capacidade de manobra.

Para Alckmin, seria uma novidade:
até hoje, só perdeu eleições pelo PSDB.

Marketing multinacional

O PT contratou, para a eleição do ano que vem, dois dos especialistas em campanha que trabalharam
para Barack Obama:
Ben Self e Scott Goodstein.
Sua especialidade: levantamento de fundos e distribuição de propaganda pela Internet.
Vão trabalhar junto ao coordenador-geral da Comunicação, João Santana.
Não há informações confiáveis sobre o custo da contratação, mas os dois cobram caro.
E, a julgar pelo relato de quem acompanhou seu trabalho no caso Obama, ambos valem o preço, por mais alto que seja.

Amigos ou inimigos?

O mundo gira e a Lusitana roda, dizia o anúncio tradicional.
E o ministro da Comunicação, Franklin Martins, acaba de ser condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio a pagar indenização de R$ 50 mil ao ex-presidente Collor, por tê-lo chamado, em 2005, de "corrupto, ladrão e chefe de quadrilha”.
O curioso é que hoje Collor e Franklin Martins integram o mesmo grupo político, que apóia Lula.
Quando inimigos viram amigos e esquecem de retirar os processos, como fica?

Perigo por perto

Depois de amanhã pode ser que a CPI da Petrobras, que até agora não deu em nada, finalmente provoque algum interesse: está marcado o depoimento de Wilson Santarosa, que cuida da Comunicação Institucional – ou, em linguagem mais simples, é quem distribui boa parte da propaganda da empresa.
Dependendo das perguntas, pode dar samba.
Dependendo das respostas, pode ser muito melhor.

A união faz o preço

Todos estão comemorando a compra do segundo frigorífico brasileiro, o Bertin, pelo JBS Friboi, o maior do país.
Juntos, ambos se transformam no maior processador de carnes do mundo, com forte presença no mercado americano; e na terceira empresa brasileira por faturamento
(atrás apenas de Petrobras e Vale).
O grupo detém marcas como
Faixa Azul, Vigor, Danúbio, Minuano, Swift.

E a concorrência?
Aí é outra história.
Quando formaram a multinacional brasileira de cervejas e refrigerantes, falou-se em redução de preços
(pois haveria redução de custos, com a unificação da distribuição, transferência da produção para fábricas mais modernas e mais bem localizadas, etc.).
Na prática, a sede da empresa já não está no Brasil, os dirigentes brasileiros moram na Europa, e este colunista não consegue recordar-se de quedas de preços.
O que a Economia ensina é que a concorrência derruba preços; sem concorrência, os preços não caem.
A união Friboi-Bertin é a segunda no setor.
Antes, uniram-se Perdigão e Sadia.




VISITE A SEÇÃO DE ARTIGOS DO SITE B&A
http://www.brickmann.com.br/artigos.php

terça-feira, 22 de setembro de 2009

FOCO


Um paciente vai a um consultório psicológico e diz para o psicólogo:

Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém embaixo.

Aí eu vou embaixo da cama e acho que tem alguém em cima.

Para baixo, para cima, para baixo, para cima. Estou ficando maluco!

Deixe-me tratar de você durante dois anos - diz o psicólogo.

Venha três vezes por semana, e eu curo este problema.

E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente.

R$ 120,00 por sessão - responde o psicólogo.

Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.

Passados seis meses, eles se encontram na rua.

Por que você não me procurou mais? - pergunta o psicólogo.

A 120 reais a consulta, três vezes por semana,

dois anos, ia ficar caro demais.

Um sujeito num bar me curou por 10 reais.

Ah é? Como? _ pergunta o psicólogo.

O sujeito responde: Por R$ 10,00 ele cortou os pés da cama.

Muitas vezes o problema é sério,

mas a solução pode ser muito simples.

HÁ GRANDE DIFERENÇA

ENTRE FOCO NO PROBLEMA

E FOCO NA SOLUÇÃO!

domingo, 13 de setembro de 2009


Assine o manifesto...

Assine o Manifesto Lixo Eletrônico

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O PORTEIRO

Não havia no povoado pior ofício do que 'Porteiro da Zona'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente no prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará
a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor - balbuciou - mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor.
Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra.
E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar... já que....
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bom.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está à dois dias/mula de viagem.
- Façamos um trato - disse o vizinho - eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo,
já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias... aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo ao nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe
seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora.
E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido.
De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viajem, faziam encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois,
comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.
Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens.
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos.
E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc... E após foram os pregos e os parafusos...
Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra
de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor?!?! - disse o prefeito sem acreditar. O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever?
Estou abismado. O que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever, ainda seria o PORTEIRO DA ZONA!!!

Geralmente as mudanças são vistas como adversidades.
As adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna.'
Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas'
'Não há comparações entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar'.

(Autor: desconhecido)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Indicadores Internacionais II

Encomendas à indústria crescem nos EUA

Se no varejo os números não são bons, a demanda por bens industrializados nos Estados Unidos subiu pelo quarto mês seguido em julho, oferecendo mais uma indicação de que a desaceleração da atividade no setor de manufatura está terminando. As encomendas à indústria subiram 1,3% em julho. Em junho, as encomendas tinham subido 0,9%.

Taxa de desemprego subiu para 9,7%

A taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu para 9,7% em agosto, o nível mais alto desde junho de 1983. Em julho, o índice atingiu 9,4%. O mercado de trabalho nos EUA cortou 216 mil vagas em agosto. Desde dezembro de 2007, quando se iniciou a recessão no país, foram eliminados 7,4 milhões de empregos.

PIB da zona do euro contrai 0,1% no 2º trimestre

Os gastos dos consumidores da zona do euro cresceram 0,2% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, após terem diminuído 0,5% tanto no primeiro trimestre de 2009 quanto no quarto trimestre do ano passado. O aumento ocorreu apesar do crescimento do desemprego e provavelmente foi impulsionado por uma série de incentivos concedidos por vários países europeus para a compra de automóveis.

Economia da Austrália cresce 0,6% no 2º trimestre

A economia da Austrália cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre de 2009, afastando o país de qualquer ameaça de recessão. O mercado viu um crescimento de 0,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O resultado superou as estimativas dos economistas, que eram de avanço de 0,2%.

FMI prevê que contração mundial chegue a 1,3% em 2009

O FMI reviu suas previsões para a economia global em 2009. O Fundo espera uma contração mundial de 1,3% neste ano, ante previsão anterior de queda de 1,4 %. Para o ano que vem, o órgão prevê um crescimento de 2,9% no PIB mundial.

PIB da Islândia registra 2% de queda

A Islândia foi um dos países mais impactados pela crise internacional, principalmente quando seus três maiores bancos, que representam 85% do setor bancário do país, foram atingidos e apresentaram 80 bilhões de dólares em dívidas. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE previu uma queda de 7% na produção econômica da Islândia neste ano. O PIB caiu 2% no segundo trimestre, em comparação com os três primeiros meses do ano, e recuou 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. [recebido por e-mail]

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mudanças contábeis podem ter efeito bumerangue no país

Empresas passarão por alterações e depois voltarão ao que fazem hoje.

Fonte: Jornal Vale do Sinos - Seção Economia | segunda-feira, 7 de setembro de 2009

http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-512,cd-215774.htm

Da Redação
Novo Hamburgo - As regras contábeis podem sofrer um "efeito bumerangue" no processo de harmonização em curso no Brasil. As empresas correm o risco de ter que adotar mudanças no próximo ano para depois voltar a algo bem parecido com o que fazem hoje. Isso porque o Brasil está em processo de convergência para as regras internacionais, mas as próprias normas externas estão em mutação. A ideia lá fora é simplificar alguns pontos que ficaram conhecidos em todo o mundo como complexos. E essas mudanças em discussão no exterior tendem a se aproximar do que é feito hoje no Brasil.

Neste momento, o Brasil caminha para ter seu sistema harmonizado com as regras internacionais, conhecidas como International Finance Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo Internacional Accounting Standard Board (Iasb), fundação com sede em Londres responsável por elaborar normas contábeis. Dentro desse processo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vem divulgando desde o ano passado deliberações que mudam as regras locais, em direção ao IFRS. Ao todo serão 49 normas. Todas as companhias abertas brasileiras terão de adotar os novos procedimentos para os balanços de 2010.

MUTAÇÃO - Em 12 de agosto, a autarquia colocou em audiência pública propostas de mudanças num dos assuntos mais espinhosos do processo: os instrumentos financeiros. Mas essa adaptação não significa o último passo do processo. As próprias regras internacionais estão em mutação. Segundo o diretor da CVM Eliseu Martins, apesar de o Iasb permitir a adoção antecipada das mudanças, a tendência é a autarquia só fazer a implementação das novas regras em 2012. Ou seja, a companhia brasileira que preferir já adotar a regra final não poderá fazê-lo. Terá que passar pelo processo mais doloroso, de primeiro adotar a norma em vigor, para depois passar ao modelo final.

Paradoxo do Nosso Tempo


George Carlin


"Nós falamos demais,
amamos raramente,
odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco, assistimos TV demais,
perdemos tempo demais em relações virtuais,
e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens,
mas reduzimos nossos valores.

Aprendemos a sobreviver,
mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito;
escrevemos mais,
mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar
e não, a esperar.
Construímos mais computadores
para armazenar mais
informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food'
e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos
e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e
muito pouco na dispensa.

Lembre-se de passar tempo com as
pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso
em seus pais, num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua
companheira(o) e às pessoas que ama,
mas, em primeiro lugar, se ame.

Um beijo e um abraço curam a dor,

quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia,

seus amores, seus amigos,

a pessoa que lhe ama,
e, aquelas que estão
sempre ao seu lado."

A Brasil Foods

A Brasil Foods (BRF), resultado da fusão da Sadia com a Perdigão, deverá encerrar o ano com uma dívida bruta de R$ 8 bilhões, o que poderá representar uma redução de 47% em relação à dívida bruta conjunta das duas empresas em meados de março. A estimativa é do diretor financeiro da BRF, Leopoldo Saboya. "Como estamos pagando as dívidas de curto prazo, vai diminuindo o dinheiro em caixa, mas vai diminuindo a dívida também. Dá para dizer que a tendência até o final do ano é ter algo como R$ 8 bilhões de dívida bruta. A líquida é muito menor do que isso", afirmou Saboya.

De acordo com o executivo, a BRF já concluiu todo o processo de incorporação de ações, após ter realizado um aumento de capital de R$ 2,3 bilhões. "O processo superou nossas expectativas em relação a funding", afirmou. "É um orgulho passar por toda essa fase de reestruturação societária de forma que consideramos bem sucedida", declarou. Saboya explicou que toda a parte de incorporação de ações já acabou. "Todas as ações da Sadia já estão dentro da Brasil Foods. As ações (Sadia e Perdigão) migraram para uma só corporação", disse Saboya.

O executivo não soube estimar um prazo para a análise da negociação pelas autoridades de defesa da concorrência. Ele lembrou que o processo está sob análise na Secretaria de Direito Econômico (SDE) e Secretaria de Acompanhamento Econômico (SAE), para depois ser encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Na área financeira já existe uma deliberação do próprio Cade que a gestão da dívida, o equacionamento da situação financeira da Sadia é feito de forma conjunta. Todos os demais aspectos são separados", afirmou Saboya. Segundo ele, a sinergia entre as duas empresas só poderá ser realizada após o pronunciamento do Cade. Ele disse ainda que "fusões e aquisições vão continuar na trajetória da Brasil Foods". [RECEBIDO POR E-MAIL]

PESSOAS FÍSICAS NA BOLSA - BOVESPA

A participação de investidores estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em agosto recuou para 33,31% do volume financeiro, ante 37,93% apurada no mês anterior. As pessoas físicas ocuparam a segunda posição, com 30,97% em agosto, ante 29,12% em julho, enquanto os investidores institucionais ficaram com 27,20% no mês passado, ante 25,94% em julho. As instituições financeiras representaram 6,35% em agosto, ante 4,92% em julho e as empresas, com 2,12%, ante 2,01% no mês anterior.

Segundo dados da BM&FBovespa, no ano, o fluxo de recursos dos investidores estrangeiros para o mercado de ações brasileiro, até 31 de agosto, está positivo em R$ 22,06 bilhões. O montante é resultado de R$ 9,74 bilhões em aquisições realizadas pelos estrangeiros nas ofertas públicas de ações e do saldo positivo da negociação direta na bolsa, de R$ 13,96 bilhões.

Em agosto, o balanço da negociação dos investidores estrangeiros está positivo em R$ 1,65 bilhão, resultado de vendas no valor de R$ 36,38 bilhões e de compras de R$ 38,03 bilhões. Ao mesmo tempo, a participação dos estrangeiros nas ofertas públicas de ações, incluindo IPOs, representa 64% do total de R$ 15,23 bilhões das operações realizadas cujos anúncios de encerramento foram publicados até 2 de setembro.

Os mercados do segmento Bovespa movimentaram R$ 112,01 bilhões no mês de agosto, de acordo com dados divulgados hoje pela BM&FBovespa. O desempenho é 4,2% superior ao do mês anterior, quando o volume ficou em R$ 107,47 bilhões. Em número de negócios, o desempenho do mês passado foi 3% superior na comparação com julho, passando de 7.021.826 negócios para 7.233.430 negócios. Na média diária, o giro apresentou um acréscimo de 9,2% na mesma base de comparação, passando de R$ 4,88 bilhões para R$ 5,33 bilhões, enquanto o número de negócios cresceu 7,9%, de 319.174 para 344.449 negócios.

No período, as negociações realizadas via Home Broker foram destaque, que registraram seis recordes - entre eles o de volume, que passou de R$ 35,41 bilhões em julho para R$ 42,54 bilhões em agosto. O volume médio diário pela primeira vez ultrapassou R$ 2 bilhões, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,02 bilhões.

No mês passado, o valor de mercado das 388 empresas com ações negociadas na BM&FBovespa foi de R$ 1,93 trilhão, ante R$ 1,89 trilhão referente ao mesmo número de empresas com ações negociadas no mês anterior.

O mercado à vista respondeu por 94% do volume financeiro em agosto, seguido pelo mercado de opções, com 4%, e pelo mercado a termo, com 2%. O after market movimentou R$ 1,41 bilhão com a realização de 120.993 negócios, ante R$ 1,20 bilhão e 106.865 transações no mês anterior. A BM&FBovespa apresentava 521.529 contas de investidores pessoas físicas com posição em custódia em agosto. [recebido por e-mail]

domingo, 6 de setembro de 2009

Indicadores Nacionais agosto 2008

Copom deverá manter Selic em 8,75%: Infelizmente, amanhã, dia 2, o Copom deverá anunciar a manutenção da taxa Selic em 8,75% ao ano, interrompendo o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em janeiro.

IGP-M teve deflação em agosto: O IGP-M, índice responsável pelo reajuste dos aluguéis, teve deflação de 0,36% em agosto. Em julho, a deflação tinha sido de 0,43%.

Déficit fiscal nominal do Brasil deve ficar perto de 3% do PIB em 2009: O déficit fiscal do Brasil deve ficar próximo a 3% do PIB do país em 2009. O número preocupa, mas o índice ainda é muito inferior ao de outros países que adotaram políticas fiscais para enfrentar a crise e que hoje contabilizam absurdos saldos negativos. Nos Estados Unidos, a previsão é que este déficit nominal chegue a 13,7% do PIB, enquanto no Reino Unido a projeção é de 14,4% do PIB. Com relação aos BRICS, os números do Brasil também são melhores. A expectativa é que o déficit da Rússia atinja 8%; da Índia, 7,8% e o da China chegue a 4,1%. Outros exemplos de déficits fiscais negativos são os da Espanha (10,3%) e da França (8,2%).

Despesa em alta, receita em queda: Até julho, a receita total do Governo Federal foi de 401,68 bilhões de reais, o que representa 6,1 bilhões a menos do que no mesmo período de 2008. Já a despesa total chegou a 309,13 bilhões de reais, equivalente a 42,43 bilhões acima do verificado nos primeiros sete meses de 2008. O aumento nominal das despesas foi de 15,9%, enquanto a queda nas receitas foi de 1,5%. Se o déficit fiscal previsto para 2009 chegará perto de 3% ‑ e este é um resultado muito melhor do que o de outros países ‑, não pode haver novos descuidos, principalmente do lado da despesa. Já na receita o caminho é aumentar o combate à evasão fiscal e esquecer a infeliz idéia de criar uma nova contribuição social para a saúde.

Taxa de desemprego continua alta: A taxa de desemprego, que subiu de 14,8% em junho para 15% em julho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, na verdade, foi puxada, especialmente, por São Paulo. O dado mostra que ainda sentimos os efeitos da crise na economia mundial. O número de desempregados em SP aumentou 67 mil em julho. Quem mais eliminou postos de trabalho foi o setor de serviços. E quem mais empregou foi o comércio. Por melhores que sejam as previsões de analistas para os próximos meses, o quadro está ainda longe daquilo que tínhamos antes de setembro de 2008.

Bancos demitem: Segundo o Dieese, os bancos fecharam 2.224 postos de trabalho no primeiro semestre de 2009. De janeiro a junho, foram demitidos 15.459 bancários e contratados 13.235. Esta redução do número de postos de trabalho se deve, principalmente, às fusões do Itaú com o Unibanco e do Santander com o Real.

Vendas de supermercados sobem: As vendas dos supermercados tiveram crescimento de 6,66% em julho, na comparação com mesmo período de 2008, segundo a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS. Com relação a junho, o crescimento foi de 5,66%. O otimismo do setor foi percebido na Expoagas 2009 – 28ª Convenção Gaúcha de Supermercados e Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços, que ocorreu em Porto Alegre, na semana passada. Os reflexos da crise financeira internacional passaram longe do evento, que superou em 10% o faturamento do ano passado. Dos 213 milhões de reais de 2008, a edição deste ano encerrou com 234 milhões de reais em vendas. Mais uma vez, o evento foi um sucesso e um exemplo de organização, recebendo 36 mil visitantes.

Capacidade instalada do setor de máquinas e equipamentos cresce em julho: O nível de utilização da capacidade do setor de máquinas e equipamentos cresceu em julho, alcançando 81,7%. Em junho, estava em 80,9%. Os números do setor, segundo me disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, deverão ser melhores nos próximos meses, principalmente devido aos recursos do BNDES para o setor, com taxas de juro de 4,5% ao ano. A verba para esta linha especial chega a 520 milhões de reais.

Alta de 2,2% na produção industrial em julho: A produção industrial brasileira avançou 2,2% na passagem de junho para julho, segundo o IBGE. Frente a julho de 2008, a atividade fabril registrou recuo de 9,9%, a menor queda desde abril. O destaque positivo foi o desempenho da indústria de máquinas e equipamentos, que cresceu 8,9%. Já o negativo ficou por conta do setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que apresentou queda de 6,3%.

Indicadores Internacionais


Economia americana em recuperação: Na última semana, dois indicadores dão sinais de recuperação na economia americana. A venda de imóveis novos subiu 9,6% em julho para uma taxa anualizada de 433 mil unidades. Os pedidos de bens duráveis aumentaram 4,9% no mês passado. A previsão era de 3% de crescimento.

81 bancos fecharam nos EUA: Mesmo com a economia americana em recuperação, o sistema financeiro ainda sofre as consequências da crise. Em 2009 já foram fechados 81 bancos nos EUA e, segundo órgãos de controle do país, existem 416 bancos norte-americanos perto da falência, sendo a maioria pequenas instituições.

Empresários alemães otimistas: Nos últimos meses, a confiança dos empresários alemães na economia tem subido. Em julho, estava em 87,4%. Já em agosto, chegou a 90,5 pontos. É o quinto mês consecutivo de melhora no indicador, o que demonstra a retomada do crescimento alemão.

Exportações japonesas em queda: As exportações do Japão têm apresentado queda a cada mês. Pelo décimo mês consecutivo, os embarques japoneses para o exterior caíram. Em julho, a queda foi de 36,5% ante o mesmo período de 2008.

Toyota reduz produção: A maior montadora do mundo, a japonesa Toyota, anunciou que deverá reduzir sua produção interna em 220 mil veículos. Já sua produção mundial deverá chegar a 580 mil veículos a menos, o que representa cerca de 6% da capacidade de produção global da empresa. Pela primeira vez na história, a Toyota apresentou prejuízo nos três primeiros meses do ano, que, conforme previsões, se repetiu no segundo trimestre.

Mais de 54 mil brasileiros deixam o Japão :A crise econômica que atingiu o Japão e o desemprego determinado por ela fez com que, nos últimos nove meses, 54.709 brasileiros deixassem o país. No fim de 2008, haviam 312.582 brasileiros registrados no Japão. Esta comunidade teve uma redução de 17% nos últimos meses. O governo japonês incentiva o regresso dos brasileiros, fornecendo, desde abril, uma ajuda financeira àqueles imigrantes que quiserem regressar ao seu país de origem. Cada brasileiro que deixar o Japão ganha um auxílio de 3 mil dólares e seus dependentes, de 2 mil dólares cada um. Quem recebe o auxilio não pode voltar para o Japão por três anos.[recebido por e-mail]


Déficit fiscal nominal do Brasil


Déficit fiscal nominal do Brasil deve ficar perto de 3% do PIB em 2009

O déficit fiscal do Brasil deve ficar próximo a 3% do PIB do país em 2009. O número preocupa, mas o índice ainda é muito inferior ao de outros países que adotaram políticas fiscais para enfrentar a crise e que hoje contabilizam absurdos saldos negativos. Nos Estados Unidos, a previsão é que este déficit nominal chegue a 13,7% do PIB, enquanto no Reino Unido a projeção é de 14,4% do PIB. Com relação aos BRICS, os números do Brasil também são melhores. A expectativa é que o déficit da Rússia atinja 8%; da Índia, 7,8% e o da China chegue a 4,1%. Outros exemplos de déficits fiscais negativos são os da Espanha (10,3%) e da França (8,2%). [recebido por e-mail]


Economia - Guerra fiscal



Nos últimos dias, novas medidas tomadas por estados demonstram o acirramento a guerra fiscal no Brasil. Enquanto a proposta de reforma tributária está paralisada no Congresso Nacional, as mudanças pontuais tomadas pelas unidades da federação agravam os problemas do sistema tributário. Na semana que passou, vimos o Estado de São Paulo reduzir de 7% para zero o ICMS de carnes bovina, suína e de aves, estabelecendo um regime especial de tributação que isenta do imposto a produção e comercialização de carnes e produtos resultantes de abate de animais realizado no estado.

Na verdade, São Paulo não possui uma indústria forte neste setor e a medida visa atrair investimentos para a região. Já Santa Catarina também decretou a isenção de ICMS sobre a carne suína in natura vendida no estado, reduzindo de 7% para zero o ICMS das carnes frescas, resfriadas ou congeladas, até 31 de outubro. O Estado do Paraná acusou a medida como instrumento de guerra fiscal.


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Saúde ...

Quatro mil pessoas têm gripe suína e todo mundo quer usar máscaras.

Trinta e três milhões têm AIDS e ainda tem gente que não quer usar camisinha!


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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Leis de comportamento sociopolítico...

Roberto de Oliveira Campos (19/12/1999)

Era uma crespa noite de inverno londrino. Eu tinha convidado para um jantar na embaixada brasileira, ao fim dos anos 70, o grande filósofo liberal francês Raymond Aron e dois sociólogos radicados na Inglaterra, Ralf Dahendorf e Ernest Gellner, este último professor de José Guilherme Merquior, meu conselheiro de embaixada.

Na curva do conhaque, quando filosofávamos sobre nominalismo, realismo e existencialismo, contei uma piada que Aron achou divertida.

Era a definição de "realidade" por um irlandês, revoltado pela interrupção de suas libações alcoólicas à hora do fechamento dos pubs.

"A realidade", disse ele, "é uma ilusão criada por uma aguda escassez de álcool".

Quando partiram os hóspedes, resolvemos, Merquior e eu, em rodadas de uísque, testar duas coisas. Primeiro, a teoria irlandesa do realismo alcoólico. Segundo, nossa capacidade de recitarmos, de memória, aquilo que poderíamos chamar de "leis de comportamento sociopolítico" de variadas personagens e culturas. Alternávamos nas citações, que registrei num alfarrábio que outro dia desenterrei numa limpeza de arquivos. Ei-las:

A lei de Churchill: "A Democracia é a pior forma de governo, exceto as outras".

A lei de Lenin: "É verdade que a liberdade é preciosa. Tão preciosa que é preciso racioná-la".

A lei de Stalin: "Uma única morte é uma tragédia; 1 milhão de mortes é uma estatística".

A lei de Krushev: "Os políticos em qualquer parte são os mesmos. Eles prometem construir pontes mesmo quando não há rios".

A lei de Henry Kissinger: "O ilegal é o que fazemos imediatamente. O inconstitucional é o que exige um pouco mais tempo".

A lei de Franklin Roosevelt: "Um conservador é um homem com duas excelentes pernas, que contudo nunca aprendeu a andar para a frente".

A lei de Lord Keynes: "A dificuldade não está nas idéias novas, mas em escapar das antigas".

A lei de Bernard Shaw: "Patriotismo é a convicção de que o país da gente é superior a todos os demais, simplesmente porque ali nascemos".

A lei de Hayek: "Num país onde o único empregador é o Estado, a oposição significa morte por inanição. O velho princípio de quem não trabalha não come é substituído por um novo princípio: quem não obedece não come".

A lei de Mark Twain: "Um banqueiro é um tipo que nos empresta um guarda-chuva quando faz sol, e exige-o de volta quando começa a chover".

A lei de Lord Kelvin: "Grandes aumentos de custos com questionável melhoria de desempenho só podem ser tolerados em relação a cavalos e mulheres"

A lei de Charles De Gaulle: "As promessas só comprometem aqueles que as recebem".

A lei de John Randolph, constituinte na Convenção de Filadélfia: "O mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros".

A lei de Getúlio Vargas: "Os ministérios se compõem de dois grupos. Um formado por gente incapaz, e outro por gente capaz de tudo".

A lei do governador Mario Cuomo, de Nova York: "Faz-se campanha em poesia e governa-se em prosa".

A lei de John Kenneth Galbraith: "A política não é a arte do possível. Ela consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso".

A lei de Sócrates: "No tocante a celibato e casamento, é melhor não interferir, deixando que o homem escolha o que quiser. Em ambos os casos, ele se arrependerá".

No último uísque, Merquior me contou um chiste anônimo, que circulava em Londres:

"A natureza deu ao homem um pênis e um cérebro, mas insuficiente sangue para fazê-los funcionar simultaneamente".

Ao confidenciar a Merquior que pretendia aposentar-me do Itamaraty para ingressar na política, lembrou-me ele a lei de Hubert Humphrey, vice-presidente dos Estados Unidos na administração Lindon Johnson, que dizia:

"É verdade que há vários idiotas no Congresso. Mas os idiotas constituem boa parte da população e merecem estar bem representados".

Tendo em vista minhas ambições políticas, combinamos fabricar conjuntamente uma lei, que passaria à posteridade como a lei Campos/Merquior:

"A política é a arte de fazer hoje os erros do amanhã, sem esquecer dos erros de ontem".

Ao nos despedirmos, já mais sóbrios, lembrei-me de duas leis. A lei do King Murphy, que assim reza:


"Não estão seguras a vida, a liberdade e a propriedade de ninguém enquanto a legislatura estiver em sessão".

E a lei do sábio Montesquieu, o inventor da teoria da separação de poderes:

"O político deve sempre buscar a aprovação, porém jamais o aplauso".

Em minha vida política no Senado e na Câmara procurei descumprir a lei do King Murphy e cumprir a lei de Montesquieu. Sem resultados brilhantes nem num caso, nem no outro...

Defensor apaixonado do liberalismo. Economista, diplomata e político também se revelou um intelectual brilhante. De sua intensa produção, resultaram inúmeros artigos e obras como o livro

A Lanterna na Popa, uma autobiografia que logo se transformou em best-seller. Foi ministro do Planejamento, senador por Mato Grosso, deputado federal e embaixador em Washington e Londres.

Sua carreira começou em 1939, quando prestou concurso para o Itamaraty. Logo foi servir na embaixada brasileira em Washington, e, cinco anos depois, participou da Conferência de Bretton Woods, responsável por desenhar o sistema monetário internacional do pós-guerra.

domingo, 23 de agosto de 2009


Caso José Sarney e o exemplo da bagunça brasileira
A política brasileira está mergulhada totalmente na pouca vergonha, na falta de escrúpulos e absolutamente distante de qualquer postura ética, de decência e de moral.

Não sou de oposição, porque não sou político, muito menos partidário, para escrever este manifesto como se fosse um dos inimigos políticos do senhor José Sarney, inimigo do partido prostituta, chamado PMDB, e muito menos do governo Lula e seus protegidos. Honro-me em ser apartidário, absolutamente independente em meus posicionamentos, imparcial e livre para expressar-me, com um compromisso apenas com a lógica e o bom senso.
Mas o arquivamento do processo contra o Senador José Sarney representou um dos maiores exemplos da pouca vergonha, do descaramento e da safadeza com que conduz a atual política brasileira.
Não é preciso ninguém ser inimigo do senhor José Sarney para saber que ele e a sua família são donos de TUDO O QUE EXISTE DE MAIS PODEROSO no Estado do Maranhão, assim como outros políticos, que o protegem, são também, como ele, donos de tudo em seus respectivos estados.
Corre pela internet uma mensagem que fala sobre o Maranhão de Sarney, que parece até uma brincadeira, tamanho o absurdo, mas é a mais pura realidade: ele é dono de tudo, no Estado.
É óbvio que Sarney, assim como os demais políticos parceiros dele, adquiriram toda a sua fortuna às custas do erário, às custas de influência e jogadas políticas as mais sórdidas possíveis, e é preciso que o brasileiro seja burro demais para não saber disto ou mau caráter demais para fingir que não sabe.
O que causou muita revolta, também, foi ver na televisão a cara de pau e o cinismo dos políticos que o defendiam, certamente elementos tão inescrupulosos quanto ele.
Se o absorveram é porque, de fato, existe muita sujeira na vida de todos eles que, certamente, seriam denunciadas pelo próprio Sarney, que sabe muito, caso caísse.
Só há uma saída, para o nosso país:
QUE O POVO BRASILEIRO TOME PROVIDÊNCIAS.
A providência mais séria e enérgica, para acabar com toda essa safadeza que impera no Brasil é uma modificação, total, nas próximas eleições. E não vamos ficar iludidos achando que a simples troca de partido no poder vai resolver o problema brasileiro, em forma de milagre, porque, lamentavelmente, a corrupção e a sujeira está presente em todos. É preciso que RETIREMOS OS POLÍTICOS VICIADOS do cenário político brasileiro.
SÓ O POVO PODE FAZER ISTO.
Indignadamente.

Alamar Régis Carvalho - Analista de Sistemas, Escritor e ator.
Criador da idéia do Partido Vergonha na Cara - www.partidovergonhanacara.com alamar@redevisao.net