quinta-feira, 4 de junho de 2009

Inovar ou morrer!

Quarta-feira, 3 de junho de 2009

Revista Amanhã

http://www.amanha.com.br/NoticiaDetalhe.aspx?NoticiaID=40a951fb-f420-4e1e-90d3-e824e68e2c18

Com crise, continua valendo a pena investir em inovação? Em artigo exclusivo, Mario Barra, diretor da ANPEI, responde este e outros questionamentos que muitas empresas devem estar se fazendo.

Por: Mário Barra*

A crise atual não é trivial nem decorreu de ajustes pontuais da economia ou do mercado. Suas causas são profundas. Decorreu da especulação do capital direcionado aos ganhos financeiros, em vez de investimentos produtivos e inovação. Essa prática, usual até meados do ano passado, condicionou ajustes radicais pelo estouro da bolha financeira e no esgotamento do modelo e da visão de curto prazo. A crise econômica pode ser medida pela projeção de crescimento negativo de 4,5% para os países da OCDE e 1,0% para o mundo em 2009.

Qual o comportamento da indústria nacional nessa conjuntura? A resposta foi dada pela enquete realizada junto aos associados da ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), em que 78% das empresas informaram que vão manter seus investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) em 2009. Da mesma forma, a FIESP concluiu pesquisa junto a 1.204 empresas que irão reduzir ligeiramente seus investimentos em P&D&I, uma queda de 3,6% frente à queda de 20,9% do total dos investimentos. Portanto, os dispêndios em P&D&I serão praticamente preservados, aumentando sua parcela de importância relativa frente ao total.

A decisão desses empreendedores é correta, pois neste novo tempo os lucros virão da produção real e não da especulação e do ganho virtual. Se as empresas não se ajustarem aos novos padrões de negócio e sustentabilidade, a crise passará a ser internalizada e a "marolinha" das vacas magras acabará ultrapassando o curto prazo, comprometendo a continuidade do negócio. A empresa morrerá por falta de projetos e de futuro. O fato não é novo. Já na crise de 1929, por exemplo, a DuPont continuou investindo em P&D, culminando na formulação da borracha sintética em 1931 e do nylon em 1934. Muitas empresas fecharam, morreram. A DuPont tornou-se líder e adotou como estratégia corporativa investir em inovação, sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Esse e outros 48 exemplos de casos bem sucedidos na indústria serão apresentados no IX° Congresso ANPEI, programado acontecer entre os dias 8 e 10 de junho na sede da FIERGS, em Porto Alegre.

Inovações de valor e sustentáveis, frutos de investimentos em P&D&I ocorridos no Brasil, serão exemplificados por meio de casos como: Braskem; Rhodia; Dedini; FIAT; entre outros. Do Rio Grande do Sul, alguns exemplos são: Celulose Irani; Altus e Randon. Os testemunhos de empresas, empresários e palestrantes de renome internacional que confirmaram presença no evento consubstanciarão o tema escolhido:

"A Inovação Sustentando sua Empresa e seu Planeta".

*Mário Barra é diretor e coordenador do Comitê Técnico da ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras. Entre 8 e 10 de junho, acontece a IX Conferência ANPEI, na sede da FIERGS, em Porto Alegre.
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