domingo, 6 de setembro de 2009

Indicadores Nacionais agosto 2008

Copom deverá manter Selic em 8,75%: Infelizmente, amanhã, dia 2, o Copom deverá anunciar a manutenção da taxa Selic em 8,75% ao ano, interrompendo o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em janeiro.

IGP-M teve deflação em agosto: O IGP-M, índice responsável pelo reajuste dos aluguéis, teve deflação de 0,36% em agosto. Em julho, a deflação tinha sido de 0,43%.

Déficit fiscal nominal do Brasil deve ficar perto de 3% do PIB em 2009: O déficit fiscal do Brasil deve ficar próximo a 3% do PIB do país em 2009. O número preocupa, mas o índice ainda é muito inferior ao de outros países que adotaram políticas fiscais para enfrentar a crise e que hoje contabilizam absurdos saldos negativos. Nos Estados Unidos, a previsão é que este déficit nominal chegue a 13,7% do PIB, enquanto no Reino Unido a projeção é de 14,4% do PIB. Com relação aos BRICS, os números do Brasil também são melhores. A expectativa é que o déficit da Rússia atinja 8%; da Índia, 7,8% e o da China chegue a 4,1%. Outros exemplos de déficits fiscais negativos são os da Espanha (10,3%) e da França (8,2%).

Despesa em alta, receita em queda: Até julho, a receita total do Governo Federal foi de 401,68 bilhões de reais, o que representa 6,1 bilhões a menos do que no mesmo período de 2008. Já a despesa total chegou a 309,13 bilhões de reais, equivalente a 42,43 bilhões acima do verificado nos primeiros sete meses de 2008. O aumento nominal das despesas foi de 15,9%, enquanto a queda nas receitas foi de 1,5%. Se o déficit fiscal previsto para 2009 chegará perto de 3% ‑ e este é um resultado muito melhor do que o de outros países ‑, não pode haver novos descuidos, principalmente do lado da despesa. Já na receita o caminho é aumentar o combate à evasão fiscal e esquecer a infeliz idéia de criar uma nova contribuição social para a saúde.

Taxa de desemprego continua alta: A taxa de desemprego, que subiu de 14,8% em junho para 15% em julho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, na verdade, foi puxada, especialmente, por São Paulo. O dado mostra que ainda sentimos os efeitos da crise na economia mundial. O número de desempregados em SP aumentou 67 mil em julho. Quem mais eliminou postos de trabalho foi o setor de serviços. E quem mais empregou foi o comércio. Por melhores que sejam as previsões de analistas para os próximos meses, o quadro está ainda longe daquilo que tínhamos antes de setembro de 2008.

Bancos demitem: Segundo o Dieese, os bancos fecharam 2.224 postos de trabalho no primeiro semestre de 2009. De janeiro a junho, foram demitidos 15.459 bancários e contratados 13.235. Esta redução do número de postos de trabalho se deve, principalmente, às fusões do Itaú com o Unibanco e do Santander com o Real.

Vendas de supermercados sobem: As vendas dos supermercados tiveram crescimento de 6,66% em julho, na comparação com mesmo período de 2008, segundo a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS. Com relação a junho, o crescimento foi de 5,66%. O otimismo do setor foi percebido na Expoagas 2009 – 28ª Convenção Gaúcha de Supermercados e Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços, que ocorreu em Porto Alegre, na semana passada. Os reflexos da crise financeira internacional passaram longe do evento, que superou em 10% o faturamento do ano passado. Dos 213 milhões de reais de 2008, a edição deste ano encerrou com 234 milhões de reais em vendas. Mais uma vez, o evento foi um sucesso e um exemplo de organização, recebendo 36 mil visitantes.

Capacidade instalada do setor de máquinas e equipamentos cresce em julho: O nível de utilização da capacidade do setor de máquinas e equipamentos cresceu em julho, alcançando 81,7%. Em junho, estava em 80,9%. Os números do setor, segundo me disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, deverão ser melhores nos próximos meses, principalmente devido aos recursos do BNDES para o setor, com taxas de juro de 4,5% ao ano. A verba para esta linha especial chega a 520 milhões de reais.

Alta de 2,2% na produção industrial em julho: A produção industrial brasileira avançou 2,2% na passagem de junho para julho, segundo o IBGE. Frente a julho de 2008, a atividade fabril registrou recuo de 9,9%, a menor queda desde abril. O destaque positivo foi o desempenho da indústria de máquinas e equipamentos, que cresceu 8,9%. Já o negativo ficou por conta do setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que apresentou queda de 6,3%.

Nenhum comentário: